9 de novembro de 2013

Arte e Arquitetura Indiana

História da Arte e Arquitetura Indiana


"Conjunto das obras artísticas e arquitetônicas do subcontinente indiana desde o III milênio a.C até nossos dias. Para os adeptos da tradição ocidental, podem parecer, à primeira vista, exagerados e sensuais; porém, mesmo estes, vão apreciando seu refinamento. Caracterizam-se também por um grande sentido do desenho, patente tanto nas formas modernas quanto nas tradicionais. A cultura indiana costuma manifestar volúpia com uma liberdade de expressão não habitual.

O templo Jaini de Jaya Sthamba, Ranakpur, tem torres ou siharas talhadas cuidadosamente em pedra, com florões em seus extremos superiores. A decoração dos templos Jainíes, bem como a de miniaturas, constituem uma das máximas da arte indiana.

A arte da Índia pode ser compreendia e julgada no contexto das pretensões e necessidades ideológicas, estéticas e rituais da civilização hindu. Tais pretensões se fixaram já no século I a.C. e têm exibido notável tenacidade ao longo dos séculos. A visão hindu-jaino-budista do mundo depende da resolução do paradoxo central de toda a existência, segundo o qual a mudança e a perfeição, o tempo e a eternidade, a imanência e a transcendência, funcionam como partes de um único processo.

Assim, não de pode separar a criação do criado e o templo deve ser entendido como uma matriz da eternidade. Esse conceito, aplicado à arte, divide o universo da experiência estética em três elementos distintos, ainda que relacionados entre si: os sentidos, as emoções e o espírito. Estes elementos ditam as normas para a arquitetura, como instrumento para fechar e transformar os espaços, e para a escultura, em termos de volume, de plasticidade, de modelagem, de composição e de valores estéticos. No lugar de representar a dicotomia entre a carne e o espírito, a arte hindu, por meio da sensualidade e da voluptuosidade deliberadas, funde ambas, através de um complexo simbolismo que, por exemplo, transforma a carnalidade de um copo feminino num mistério perene de sexo e de criatividade,  no qual a momentânea esposa se revela como a mãe eterna.

O Taj Mahal, mausoléu da esposa de um imperador mongol do século XVII, foi construído por cerca de 20.000 trabalhadores de 1631 a 1648 em Angra, cidade no norte da Índia. Esse enorme edifício rematado com cúpulas foi construído em estilo indo-islâmico, onde se usou mármore branco e gemas incrustadas. Em casa esquina há um minarete e as paredes exteriores são adornadas com passagens do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Os corpos do imperador e de sua esposa jazem em um cripta.

O artista hindu utiliza de forma acertada alguns motivos, como a figura feminina, a árvore, a água, o leão e o elefante numa composição determinada. Ainda que o resultado seja, às vezes, inquietante no tocante aos conceitos, no que se refere à vitalidade sensual, ao sentido do terreno, à energia muscular e ao movimento rítmico permanecem inconfundíveis. Todos os elementos que formam a pintura indiana- como a forma do templo hindu, os contornos dos corpos dos deuses hinduístas, a luz, a sombra, a composição e o volume- são encaminhados para glorificar os mistérios que resolvem o conflito entre a vida e a morte, entre o tempo e a eternidade.

A arte indiana manifestada na arquitetura, na escultura, na pintura, na joalheria, na cerâmica, nos metais e nos tecidos estendeu-se por todo o Oriente com a difusão do budismo e do hinduísmo e exerceu uma grande influência sobre as artes da China, do Japão, da Birmânia, da Tailândia, do Camboja e de Java. As duas religiões, com suas ramificações, predominaram na índia até que o islamismo tomou força entre os séculos XIII E XVIII. A religião muçulmana proíbe a representação da figura humana nos contextos religiosos, motivo pelo qual a decoração passou a representar motivos geométricos."



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